Confira as principais notícias do Mercado Hoje 06/11/2024 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Eleição de Trump influencia preços dos ativos: Bolsas operam em alta e commodities em baixa. Decisão do Copom é destaque. Resultados do 3T24: VBBR (+), ODPV (+) e PRIO (-). Cenário 2025: Apresentando preço-alvo do Ibovespa de 165 mil pontos. Veja!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 130.661 (+0,11%)
S&P: 5.783 (+1,23%)
Dólar Futuro: R$5,76 (-0,66%)
O Ibovespa apresentou alta de +0,11% no último pregão, cotado a 130.660,75 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. A primeira resistência fica em 131.700 pontos e a segunda em 134.000. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 127.600. O próximo fica na faixa de 125.200 pontos.
O Dólar Futuro apresentou queda de -0,66% no último pregão, cotado a 5.766,50 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no curto prazo, mas neutra no médio. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.735 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.435. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.930 e a segunda em 6.025.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em alta com a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Rendimento dos treasuries e dólar sobem com expectativa de que o novo governo republicano adotará medidas como cortes de impostos e aumento de tarifas, o que poderia favorecer o crescimento, pressionando inflação e juros. O petróleo e o minério recuam com a força do dólar, perspectiva de maior oferta de petróleo pelos EUA e expectativa de efeitos do aumento de tarifas sobre produtos chineses.
Doméstico
A decisão do Copom é o destaque da agenda doméstica e a expectativa de consenso de mercado aponta para a elevação de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, para 11,25%. Às 15h sai dado de balança comercial de outubro com estimativa de USD4,6 bilhões de saldo.
Estratégia
Apresentamos nosso preço-alvo para o Ibovespa de 165 mil pontos em 2025. Após uma performance positiva de lucros em 2024, esperamos desaceleração do crescimento em 2025, que o mercado aparentemente já precificou nos múltiplos atuais, seguida de aceleração de 11,5% para 19.110 pontos em 2026.
Apesar da melhora no cenário internacional e de uma boa performance da atividade doméstica, as preocupações com a situação fiscal brasileira e os possíveis impactos das eleições norte-americanas para os países emergentes têm dominado a agenda e gerado maior cautela dos investidores.
Por outro lado, o bom desempenho da atividade doméstica segue impulsionando os resultados das empresas. Ainda mais, a desaceleração da atividade nos próximos meses, o bom saldo da balança comercial brasileira e a melhora das condições climáticas devem aliviar as pressões sobre a inflação, abrindo espaço para juros menores já a partir de meados de 2025.
Uma vez que esse cenário se consolide, vemos espaço para alívio no mercado de ações.
A RADL registrou outro trimestre com um bom ritmo de crescimento de vendas (+16% A/a, em linha com as estimativas) e diluição de despesas gerais, com vendas e administrativas, o que levou a um aumento de 45 bps na margem EBITDA a/a — praticamente em linha com nossa estimativa.
Quanto à Blau, a empresa registrou um trimestre melhor do que o esperado, com maior crescimento e margens melhoradas, o que vemos como positivo, embora as margens ainda permaneçam abaixo dos níveis históricos e de nossa estimativa de longo prazo.
No entanto, o trimestre atesta que a Blau está em um ponto de virada, levando a melhores resultados à frente.
Engie
A Engie reportou EBITDA IFRS de R$ 1,654 bilhão (-3,1% A/a), 6,2% acima da nossa estimativa e 9,0% acima do consenso. Os resultados operacionais ficaram em linha com nossas expectativas, tão fracos quanto o previsto em uma base anual, mas os lucros foram melhores do que o estimado, principalmente devido aos resultados da TAG.
Além disso, a empresa registrou um desempenho de custo pior do que o esperado. Nesse sentido, em relação ao balanço energético, a empresa conseguiu vender apenas uma pequena parcela de seu portfólio.
Temos uma recomendação Neutra para a Engie em termos de avaliação, pois vemos a empresa sendo negociada a uma TIR real implícita de 8,2%, abaixo da dos outros players do mesmo segmento.
Os resultados do 3T24 da Vibra superaram nossas expectativas de um trimestre forte, com EBITDA ajustado recorrente de R$ 1.649 milhões, 20% maior que o trimestre anterior, 5% acima da nossa estimativa e 4% acima do consenso.
Esse valor equivale a R$ 176/m3 vs. estimativa da Safra de R$ 169/m3 e é maior que os R$ 156/m3 reportados no trimestre anterior, refletindo tendências divergentes nos segmentos B2B e varejo.
O segmento de varejo viu uma expansão de margem de dois dígitos, principalmente devido às margens de vendas t/t aprimoradas, que mais do que compensaram o impacto negativo de maiores despesas operacionais no segmento B2B.
Em comparação com nossas estimativas, a principal diferença foram as despesas consolidadas menores do que o previsto. Os volumes consolidados de 9.385 mil m3 (+6,4% t/t) ficaram em linha com nossa estimativa. O lucro líquido reportado pela Vibra de R$ 4,201 bilhões (vs. R$ 867 milhões no 2T), superou nossa estimativa em 7%.
Ainda mais, além do desempenho operacional mais forte e da reversão do prejuízo financeiro reportado no 2T, o lucro líquido da Vibra se beneficiou de uma recuperação tributária extraordinária de R$ 4,075 bilhões, decorrente da Lei Complementar nº 194/22.
Nesse sentido, para um final perfeito, a Vibra reportou uma geração de fluxo de caixa livre de R$ 1,806 bilhão no 3T vs. R$ 798 milhões no trimestre anterior. Mantemos nossa recomendação de Compra para a Vibra.
Apesar das adições líquidas mais fracas do que o esperado de 46 mil membros, a Odontoprev relatou resultados de ganhos melhores do que o esperado no 3T24, devido a uma impressionante contração da sinistralidade.
Bem como, a marca Bradesco Dental foi responsável por 51% do portfólio (vs. 49% no 1S24), à medida que a empresa continua a alavancar sua parceria com o Bradesco (BBDC4; Compra; Preço-alvo: R$ 18,00/ação) para expandir para o canal bancário mais lucrativo.
Além disso, o crescimento do tíquete acima do custo/membro permitiu uma sólida melhoria de margem, o que parece mais sustentável do que esperávamos inicialmente. Assim. o LPA ajustado chegou a R$0,26, +16% A/a, 18% acima do Safra e +16% vs. consenso.
Considerando (i) que o momento de ganhos parece ter melhorado após um fraco 1S24; (ii) que a avaliação de 10x 2025 P/L e o dividend yield de 9% parecem atraentes, especialmente considerando o perfil de dívida zero da ação; e (iii) o retorno total de 26% estimado pelo nosso modelo DDM após o recente desempenho inferior (-2,9% para ODPV3 vs. 2,2% para o Ibovespa desde nossa última atualização), estamos atualizando ODPV3 para Neutro (de Venda) e mantemos nosso preço-alvo em R$ 13,50/ação.
A Telefônica Brasil (Vivo) apresentou resultados operacionais sólidos, embora em linha com nossas expectativas. Assim como parcialmente previsto pelos dados de desempenho mensal da Anatel, a Vivo apresentou um forte desempenho, mantendo quase o mesmo ritmo de crescimento do trimestre anterior.
Além disso, destacamos o crescimento do EBITDA, que foi acima das expectativas de Safra e consenso. Além disso, a Vivo também anunciou que o Conselho de Administração aprovou a segunda parcela da redução de capital, no valor de R$ 2,0 bilhões, prevista para o próximo ano.
Ainda mais, reiteramos nossa recomendação neutra para VIVT3, baseado em um potencial de crescimento limitado de 8%.
PRIO registrou resultados fracos no 3T24, com EBITDA ajustado (ex IFRS16) de US$ 328 milhões, 40% menor t/t e 11% abaixo da nossa previsão.
O desempenho trimestral foi impulsionado por uma queda de 24% nas vendas, refletindo a diminuição sequencial de 22% na produção para 70,3 mil barris de óleo equivalentes dia, juntamente com uma queda de 8% nos preços médios do Brent.
A diferença em relação à nossa previsão deveu-se principalmente a custos e despesas em dinheiro e royalties superiores ao previsto. O lucro líquido de US$165 milhões foi 6% acima da nossa estimativa, mas caiu 40% no primeiro trimestre, pois os resultados operacionais mais fracos e as despesas financeiras líquidas aumentadas foram parcialmente compensadas por impostos e depreciação menores.
A PRIO está enfrentando uma série de desafios operacionais que estão tendo um impacto negativo nos lucros e resultam principalmente de atrasos na obtenção de licenças e aprovações ambientais, que está demorando mais do que o esperado.
Em nossa opinião, poderíamos começar a ver melhorias na produção não muito depois que essas licenças e aprovações forem concedidas, mas, até lá, o preço das ações pode permanecer sob pressão.
Iguatemi divulgou resultados sólidos no 3T24, combinando nossas estimativas em todos os aspectos. Nesse sentido a companhia apresentou mais um conjunto de resultados fortes, mantendo o forte desempenho operacional dos trimestres anteriores, enquanto entregou uma sólida expansão de FFO de 15% em relação ao ano anterior.
Reforçamos nossa recomendação de Compra para IGTI11, pois acreditamos que seu portfólio premium continuará a fornecer poder de preços e negociação com seus locatários, resultando em crescimento real dos aluguéis e desempenho superior das ações.
Além disso, após o desempenho negativo das ações no ano, suas ações estão atualmente sendo negociadas com um atrativo rendimento de fluxo de caixa operacional para 2025E de 11,6%, levando a um spread de 4,9pps para a NTN-B 2035, 2,4pps acima da sua média histórica de 5 anos de 2,5pps.
No último dia 4 de novembro, participamos da feira Fenatran, onde tivemos a oportunidade de explorar os mais recentes avanços tecnológicos da Randon, obter informações sobre seu ecossistema cada vez mais integrado e participar de uma sessão de perguntas e respostas com membros importantes da administração.
Do mesmo modo, os principais tópicos discutidos incluíram a recente reestruturação de gestão na divisão de reboques, as perspectivas da empresa para 2025 e iniciativas destinadas a impulsionar a criação de valor no futuro.
Reiteramos nossa recomendação de Compra para Randon, apoiada por sua avaliação atrativa e a expectativa de um ambiente de mercado em melhoria no futuro.
Os resultados do PCAR continuaram a mostrar uma evolução positiva no desempenho operacional (tanto em termos de crescimento como de margens, em linha com as nossas expectativas).
No entanto, a utilização de caixa e alavancagem da empresa (dívida líquida de R$ 2 bilhões em comparação com um EBITDA ajustado ex IFRS de R$0,7 bilhões nos últimos 12 meses) ainda são uma preocupação.
Por isso, continuamos a ter uma postura mais conservadora em relação ao PCAR, pois acreditamos que ele tem a tarefa desafiadora de implementar seu plano de recuperação com um balanço altamente alavancado. Assim, reiteramos nossa avaliação neutra e preço-alvo de R$ 3,4/ação.
Commodities
Petróleo apresenta baixa (US$ 74,59/b; -1,24%)
Minério de ferro registrou queda (US$ 103,95; -1,40%)
Agenda do Mercado Hoje 06/11/2024
08:00 – Brasil – IGP-DI
09:00 – EUA – Pedidos de Hipoteca
15:00 – Brasil – Balança Comercial Mensal
18:30 – Brasil – Taxa Selic
Balanços hoje
Anima, Braskem, CBA, C&A, Copel, Desktop, Dexco, Eletrobras, Eletromidia, Iochpe-Maxion, JSL, Lavvi, Mills, Minerva, Petz, Qualicorp, Riachuelo, Santos Brasil, Taesa, Tenda, Totvs, Unifique
Empresas
Banco Pan: Lucro líquido 3T R$196 mi X R$178 mi a/a
Julius Baer: Julius Baer contrata Goldman para vender negócio no Brasil
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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