Confira as principais notícias do Mercado Hoje 01/11/2024 segundo a equipe de renda variável do Safra Invest: Bolsas e Petróleo em alta; Payroll é destaque. Resultados do 3T24: POMO (+) e EZTC (+). Prévia do 3T24 em Alimentos, Seguros, Educação e Petróleo & Gás: BFRS (+), ANIM (+), VBBR (+), BRAV (-) e PRIO (-). Veja!
Fechamento dia anterior
Ibovespa: 129.713 (-0,71%)
S&P: 5.705 (-1,86%)
Dólar Futuro: R$5,79 (-0,71%)
O Ibovespa apresentou queda de -0,71% no último pregão, cotado a 129.639,33 pontos. O ativo apresenta tendência de baixa no médio prazo, mas no curto o viés é neutro. A primeira resistência fica em 131.700 pontos e a segunda em 134.000. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 129.200. O próximo fica na faixa de 127.600 pontos.
O Dólar Futuro apresentou alta de +0,46% no último pregão, cotado a 5.808,50 pontos. O ativo apresenta tendência de alta no curto prazo, mas neutra no médio. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.735 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 5.435. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.930 e a segunda em 6.025.
Exterior
Bolsas na Europa e futuros nos EUA negociam em alta. O payroll de outubro será divulgado no início da manhã e esperamos uma desaceleração no ritmo de criação de vagas de 254 mil em setembro para 135 mil, mas manutenção da taxa de desemprego em 4,1%.
O petróleo sobe com noticiário indicando que o Irã prepara grande ataque a Israel por meio de aliados. Na cena corporativa, a Amazon e a Intel indicam alta com resultados positivos, mas Apple sinaliza baixa após sinalizar demanda menor na China.
Doméstico
A produção industrial de setembro será divulgada no início da manhã e esperamos um crescimento de 1,2% na comparação mensal e de 3,5% na comparação anual.
Petróleo e Gás
Esperamos que o desempenho operacional do 3T24 varie muito entre as empresas em nossa cobertura:
(i) Espera-se que a Raízen reporte fortes números trimestrais, com combinação de maiores volumes próprios de açúcar e etanol e margens unitárias mais amplas no segmento de distribuição de combustíveis;
(ii) Espera-se que as empresas de distribuição de combustíveis apresentem volumes maiores e margens mais amplas, em um ambiente competitivo mais saudável;
(iii) a Braskem deve apresentar desempenho sólido no 3T24, com maiores embarques e spreads mais amplos;
E, por fim,(iv) As empresas de petróleo e gás devem apresentar um conjunto de resultados fracos, além de números de produção pouco inspiradores e preços do Brent mais baixos. Esperamos resultados neutros para a Petrobras.
A Marcopolo apresentou bom resultado no 3T24, com lucro líquido de R$ 336 milhões (+107,6% a/a), +27,1% e +15% acima da nossa previsão e consenso, respectivamente. A receita da empresa atingiu R$ 2,315 bilhões, com crescimento de 43,3% no ano, impulsionado por fortes entregas (+29,7% no ano).
Enquanto isso, um mix de vendas saudável, uma alavancagem operacional alta e a melhoria nas operações internacionais levaram a um aumento de 123,4% no EBITDA em relação ao ano anterior, para R$ 466 milhões, resultando em uma margem de EBITDA de 20,1%.
A empresa também destacou algumas tendências para os próximos trimestres, tais como (i) melhora dos volumes dos mercados estrangeiros, à medida que suas operações na Argentina e na Austrália se recuperam;
(ii) continuar o bom desempenho dos ônibus interurbanos, com sazonalidade positiva no final do ano, e manutenção de um saudável backlog para produtos com maior valor agregado, suportado por altas tarifas aéreas;
(iii) ramp-up de sua força de trabalho; e (iv) continuidade do ritmo de entrega para o programa Caminho da Escola (CDE) no 4T24.
Mantemos nossa recomendação de Compra para Marcopolo, pois esperamos que a empresa continue apresentando resultados sólidos, beneficiando-se de um cenário competitivo positivo e da demanda por seus produtos.
Com a maior parte dos efeitos das inundações do Rio Grande do Sul e outras singularidades específicas da empresa superadas, o resultado do 3T24 deve apresentar tendências mais favoráveis em todo o setor, com uma combinação de resultados operacionais e financeiros saudáveis.
Temos como nomes preferidos a BB Seguridade e o Porto e recentemente discutimos as nossas teses para ambos. Em meio a um ambiente que começa a parecer mais desafiador para os bancos, gostamos do setor e o vemos como um lugar interessante para estar em um cenário de aumento das taxas.
Conforme divulgado na última terça-feira (22), o CRFB registrou vendas de R$ 29,5 bilhões (+5% a/a) devido ao crescimento positivo das Vendas de Mesmas Lojas em +5,8% a/a (pré-venda do CRFB3 no 3T24). EBITDA ajustado totalizou R$ 1,5 bilhão (+10% a/a e -2% vs. Safra) com margem de 5,7% (+25 bps a/a), mas ainda com 87 bps abaixo do 1T22 (antes da aquisição da BIG).
Lucro líquido beneficiado pelo crédito de imposto diferido das perdas acumuladas do Grupo BIG (R$82 milhões), totalizando R$22 milhões (+66% a/a). Em relação ao fluxo de caixa, a empresa registrou uma perda dos últimos 12 meses (variação da dívida líquida) de R$ 4 bilhões, principalmente relacionada ao aumento dos recebíveis pré-pagos.
No geral, continuamos a ter uma postura mais conservadora em relação às margens de longo prazo, corroborada pela diferença de margem de 87 pb no trimestre (ligeiramente melhor do que no 2T24).
Também estamos preocupados com o aumento das vendas de parcelamento, que ainda está impactando a alavancagem e os gastos financeiros. Além disso, continuamos cautelosos com os R$ 12 bilhões em provisões e passivos contingentes no balanço da empresa. Ao longo de 2024 houve um impacto negativo de R$ 725 milhões no fluxo de caixa relacionado a isso. Assim, reiteramos nossa classificação neutra e preço-alvo de R$ 8,9/ação.
O CCR divulgou um resultado ligeiramente positivo no 3T24, praticamente em linha com as nossas estimativas.
A empresa apresentou um bom crescimento de 11,3% no ano, para R$ 560 milhões (+4% vs. Safra e 13% acima do consenso), após bons dados de volume de tráfego divulgados anteriormente em todas as suas divisões, apoiando o seu crescimento de topo, também foi ajudado por uma redução de 3,6% em suas despesas financeiras líquidas, embora parcialmente compensada pelo crescimento de 21% em seus custos líquidos ajustados.
Mantemos nossa recomendação de Compra para CCR. Com base em nossas estimativas, o CCR está atualmente sendo negociado a uma taxa real de 12,4%, ~560bps acima do rendimento dos títulos públicos indexados à inflação (NTN-BS 2035), atualmente em ~6,8%.
Bons resultados operacionais para os construtores de São Paulo em setembro. O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgou dados do mercado de setembro (Secovi).
Os lançamentos na cidade somaram 11,4 mil unidades (+55% a/a), atingindo 95 mil unidades lançadas nos últimos 12 meses (+36% a/a). Enquanto isso, as vendas líquidas representaram 9,5 mil unidades (+28% a/a), levando a 94,6 mil unidades vendidas nos últimos 12 meses (+2% no mês e +27% no ano), o que equivale a impressionantes R$ 50,7 bilhões em VCP vendidos (+2% no mês e +27% no ano).
São Paulo continua a registrar números operacionais inspiradores, com vendas na cidade ainda crescendo apesar da menor acessibilidade doméstica, levando assim aos níveis mais saudáveis de estoque vistos hoje.
Assim, embora o novo ciclo de aperto monetário posponha qualquer queda a curto prazo nas taxas hipotecárias, mantemos nossa perspectiva construtiva para os resultados futuros do segmento, pois os níveis mais baixos de estoques e a forte demanda de vendas incentivam as empresas a aumentar seus lançamentos, impulsionar os seus resultados.
A Eztec apresentou resultados melhores do que o esperado no 3T24. A maior participação do Lindenberg Ibirapuera no mix de vendas (maior reconhecimento PoC) alimentaram uma expansão de 90% na receita a/a.
Esperamos uma reação positiva do mercado, já que os resultados do 3T superaram as estimativas do Safra e consenso da Bloomberg.
Na nossa opinião, o anúncio inesperado de dividendos também deve ser bem recebido pelos investidores, uma vez que aborda a atual estrutura de capital da empresa, que não é ideal e produz retornos mais elevados no futuro.
Mantemos, no entanto, a nossa recomendação neutra na empresa, que ainda mantém um dos mais altos níveis de estoque do setor – 22 meses de vendas dos últimos 12 meses -, o que pode continuar pressionando seus futuros lançamentos e, consequentemente, seus resultados.
Vemos a ANIM entregando o melhor conjunto de ganhos, enquanto a YDUQ deve ficar para trás em crescimento superior mais suave e menor expansão da margem.
Após a pressão geral observada no primeiro semestre, esperamos um conjunto de resultados variados neste trimestre, dada a dinâmica ainda suave do receita vindo de um ciclo de entrada mais fraco, expansão sólida do EBITDA e do LPA e geração decente de FCL.
Em nossa opinião, as empresas continuarão enfrentando o desafio de tranquilizar os investidores sobre seus fundamentos em meio a condições mais rígidas e incertezas regulatórias. No geral, a ANIM3 continua sendo nossa melhor escolha no setor devido: (i) bom equilíbrio entre potencial de crescimento e qualidade percebida; e (ii) melhor risco-retorno em comparação com pares no valuation atual, em nossa opinião.
Trimestre sólido para os frigoríficos com demanda robusta de carne e custos favoráveis na maioria das regiões.
Esperamos uma continuação da tendência recente, com bons resultados para o frango e a carne de porco em todo o mundo. Enquanto que a carne bovina deverá ter um bom desempenho na América do Sul e na Austrália e um fraco nos EUA devido às tendências divergentes do ciclo do gado.
Com a melhoria dos custos de insumos (exceto gado nos EUA) e uma oferta-demanda bem equilibrada por carne, o ambiente permaneceu bastante positivo para as empresas de embalagem de carnes no 3T24. Nesse sentido, isso deve impulsionar um crescimento robusto dos lucros operacionais.
Esperamos que a BRF e a JBS sejam os destaques entre as empresas de embalagem de carne, seguidas pela Minerva e pela Marfrig. A JBS continua sendo nossa melhor escolha devido à sua diversificação, histórico de execução, geração de caixa e impulso favorável dos lucros consolidados.
Commodities
Petróleo apresenta alta (US$ 74,63/b; +2,01%)
Minério de ferro registrou baixa (US$ 102,45; -1,20%)
Agenda do Mercado Hoje 01/11/2024
09:00– EUA – Produção Industrial
09:30 – EUA – Variação no Nonfarm Payroll
09:30 – EUA – Taxa de desemprego
10:00 – Brasil – PMI de manufatura
10:45 – EUA – PMI de manufatura
11:00 – EUA – Manufatura ISM
Empresas
Petrobras: Estatal está confiante com licenças do Ibama
CCR: Ebitda ajustado terceiro trimestre frustra estimativas
CCR Autoban: Empresa aprova emissão de R$ 2 bi em debêntures
Carrefour Brasil: Lucro líquido terceiro trimestre supera estimativas
Anima: Morgan Stanley rebaixa Anima a equal-weight
Ser Educacional: Morgan Stanley eleva Ser Educacional a overweight
São Martinho: Morgan Stanley eleva Sao Martinho a equal-weight
Weg: BTG Pactual eleva Weg a compra
Azul: Empresa é rebaixada para CC pela Fitch
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As informações fornecidas neste conteúdo são exclusivamente para fins informativos e educacionais e não devem ser interpretadas como recomendações de compra ou venda de ações. Recomenda-se que os investidores realizem suas próprias análises ou consultem um profissional qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
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