A Ceasa Minas teve sua privatização oficialmente cancelada após a publicação de um decreto na terça-feira (20/08). O documento, assinado pelo presidente Lula (PT), encerra a tentativa de privatizar as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais, que se estendia desde os anos 2000.
A Ceasa Minas já havia informado, há pouco mais de um ano, que o governo planejava removê-la do Programa Nacional de Desestatização (PND). A privatização estava prevista para ocorrer em dezembro de 2022, na mesma data do leilão do metrô de Belo Horizonte. No entanto, antes mesmo da posse de Lula, a equipe de transição suspendeu o processo.
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Além da Ceasa Minas, o governo federal adotou ações semelhantes com outras empresas. Por exemplo, os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) também foram retirados do cronograma de privatização. Dessa forma, o governo reafirma sua posição em relação à gestão dessas empresas estratégicas.
A Ceasa Minas, em operação desde os anos 70, é uma empresa de economia mista sob controle do governo federal. Atualmente, é uma das principais centrais de abastecimento do Brasil, administrando o entreposto da Grande Belo Horizonte, localizado em Contagem. Em 2022, conforme os dados mais recentes, a empresa movimentou quase R$ 8,9 milhões em vendas de produtos.
Com o cancelamento da privatização, a Ceasa Minas fortalece sua posição no mercado. Carlos Magno, presidente interino da empresa, destacou que essa decisão do governo federal oferece mais segurança jurídica e operacional para comerciantes e produtores, além de beneficiar diretamente a sociedade mineira. “A decisão de retirar a Ceasa Minas do plano de privatização fortalece institucionalmente a companhia e assegura o acesso da população a alimentos de qualidade e preço justo”, afirmou Carlos Magno.
Além disso, o presidente interino ressaltou que a empresa agora pode retomar seu potencial de investimento e modernização dos entrepostos. “Com essa medida, abrimos possibilidades para captar recursos do próprio governo e de projetos específicos, impulsionando ainda mais o desenvolvimento da Ceasa Minas”, completou. A decisão de não privatizar reflete o compromisso do governo em fortalecer a cadeia de abastecimento alimentar e apoiar o agricultor familiar, garantindo que a população tenha acesso a alimentos saudáveis e a preços acessíveis.
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