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Leilão do arroz: PF vai investigar irregularidades
A Polícia Federal (PF) vai iniciar ainda nesta quarta-feira (12/6) uma investigação para apurar suspeitas de irregularidades no leilão do arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Empresas e servidores públicos envolvidos no procedimento serão investigados.
A princípio, é importante destacar que o certame foi anulado ontem por decisão do governo federal. O motivo foi um suposto favorecimento das quatro empresas vencedoras. Como resultado da suspensão, o então secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi demitido. Havia indícios de “incapacidade técnica e financeira de algumas empresas”.
Além disso, a Foco Corretora de Grãos, uma das principais vencedoras do leilão, é de propriedade do empresário Robson Almeida de França. Este empresário já foi assessor parlamentar de Geller na Câmara. Mais ainda, é sócio de Marcello Geller, filho do secretário.
Maior empresa vencedora do Leilão do arroz
Entre as quatro empresas vencedoras, a maior compradora é de Macapá (AP). Sua principal atividade é a venda de leite e laticínios. Outra empresa pertence a um empresário de Brasília. Este empresário afirmou ter pago propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal.
Com o objetivo de conter uma possível alta de preços ou desabastecimento do arroz, o governo federal promoveu a compra de 263 mil quilos de arroz importado. Isso foi necessário após as enchentes no Rio Grande do Sul. Contudo, a União pretende realizar um novo pregão, embora a data ainda não tenha sido definida.
Dessa forma, a Polícia Federal vai investigar detalhadamente todos os aspectos relacionados ao leilão. Espera-se que essa investigação esclareça as suspeitas de favorecimento e corrupção. Assim, a transparência e a integridade do processo de compra de alimentos pelo governo federal podem ser garantidas.
Finalmente, a abertura desse inquérito pela PF é um passo essencial para assegurar a lisura nos procedimentos governamentais. Portanto, é fundamental que a investigação seja conduzida com rigor e imparcialidade. Isso é crucial para manter a confiança pública nas instituições.