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IPCA – Alta da inflação confirma fim do corte da SELIC

Filipe Andrade

Publicado

em

IPCA - Alta da inflação confirma fim do corte da SELIC

“O dados do IPCA acima do esperado, mostram um outro problema, além da inflação. Diversos financiamentos imobiliários estão sendo corrigidos pelo IPCA. Isso prejudica a parcela de quem já está financiando um imóvel ou um lote e prejudica também as vendas dos novos empreendimentos. Além disso, fica cada vez mais claro que o Banco Central deverá encerrar o corte de juros, o que também é ruim para o mercado imobiliário. Nesse sentido, vale ressalta que, mesmo com estes fatores adversos, os imóveis na planta tendem a se valorizar acima do IPCA”, Alex Andrade, Sócio da Swiss Capital Invest.

          “O IPCA veio acima da projeção esperada de 0,41. A situação acima da expectativa de IPCA veio principalmente porcionada por alimentos, bebidas, habitação, combustível e transporte. Precisamos lembrar que, transporte e gasolina deixam um evento de cauda que costumam gerar um aumento na spróximas projeções. Do mesmo modo, precisamos entender que esse número no teto da projeção vai deixar reflexo na reunião da semana que vem da Selic, tirando as esperanças de corte. Com certeza joga um balde de água fria porque a expectativa na redução da Selic de 10,5% para 10,25%. Também tira a expectativa dos investidores de engrenar uma oportunidade na bolsa, que vem caindo em 2024.

Com certeza também deve deixar a bolsa desafiadora e trazer o investidor para os investimentos de renda fixa, como os fundos de crédito e FIDICs. Se aproximando do teto e acima do centro, com certeza na reunião de semana que vem, o Banco Central deverá ser unânime pela manutenção da taxa e interromper o corte que venha desde o início, desde julho de 2023. Vale ressaltar que, a subida forte do dólar, também pressionará a inflação nos próximos meses”, Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

IPCA de Maio

“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio apresentou uma aceleração para 0,46%, acima das expectativas do mercado. Essa alta foi influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62%, e pelos serviços de saúde e cuidados pessoais. A inflação acumulada em 12 meses subiu para 3,87%, após sete meses de queda, refletindo pressão persistente nos preços. , dificultando o rompimento nas taxas de juros. Para os investidores, é crucial monitorar esses desenvolvimentos, pois a continuidade da pressão inflacionária pode significar um ambiente de juros altos por mais tempo, impactando diretamente as decisões de investimento e a dinâmica do mercado financeiro”, André Colares, CEO da Smart House Investments.

Outras análises

“IPCA surpreende e vem bem acima das expectativas. Dos 9 grupos analisados, 8 subiram, o que é muito ruim. Rio Grande do Sul foi o estado que mais puxou, devido a catástrofe. Para as próximas, teremos ainda mais efeitos da enchente, impacto da alta do dólar e provável reajuste dos combustível. Esses fatores juntos, praticamente eliminam qualquer possibilidade de corte da Selic na próxima reunião do Copom”, Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus.

“O resultado do IPCA, acima do esperado, preocupa, principalmente pela a alta dos alimentos. Ainda teremos nos próximos meses o efeito real da catástrofe do Rio Grande do Sul. Ainda mais, também um provável aumento dos combustíveis, que deve pressionar ainda mais a inflação. Conforme aponta o IEPS, Copom não deve cortar a Selic na próxima reunião”, Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.

“O aumento do IPCA em maio, que chegou a 0,46%, indica uma aceleração da inflação em relação ao mês anterior. A elevação dos preços dos alimentos e bebidas, especialmente do grupo de tubérculos, raízes e legumes, foi um dos principais fatores responsáveis por essa alta. Entretanto, apesar deste crescimento, o IPCA ainda se mantém dentro da meta estipulada pelo Banco Central para 2023, que é de 3%. Isso é um ponto positivo, mas é importante acompanhar de perto as próximas divulgações para entender se essa tendência de aumento se mantém, o que poderia levar a ajustes na política monetária. Os efeitos da inflação afetam diretamente o poder de compra do consumidor e podem impactar a economia como um todo”, Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.

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