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Mulher do Faraó dos Bitcoins é presa nos EUA. Veja o motivo

Filipe Andrade

Publicado

em

Mulher do Faraó dos Bitcoins é presa nos EUA. Veja o motivo

A venezuelana Mirelis Diaz Zerpa, mulher do Faraó dos Bitcoins, foi presa pela Polícia Federal (PF) em uma operação realizada em Chicago, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (24). Após 2 anos e meio foragida, a estrangeira foi localizada.

Segundo informações da PF, Mirelis estava no país ilegalmente e possuía um mandado de prisão da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As acusações incluem crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A ação foi fruto da colaboração entre a Polícia Federal, o U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e o Serviço Secreto norte-americano.

Mulher do Faraó dos Bitcoins é procurada há muito tempo

A venezuelana estava em fuga desde 2021, quando seu marido, Glaidson Acácio dos Santos, foi preso na Operação Kryptos. A empresa do casal, a GAS Consultoria Bitcoin, esteve sob investigação por dois anos. Mirelis afirmou que sua prisão decorreu de uma mera irregularidade em seu visto.

O “Faraó dos Bitcoins,” Glaidson Acácio dos Santos, transformou-se de um garçom que recebia pouco mais de R$ 800 em 2014 para um milionário que movimentou pelo menos R$ 2 bilhões em uma empresa suspeita de praticar o golpe da “pirâmide.”

A GAS Consultoria Bitcoin, dirigida por Glaidson, prometia 10% de lucro em investimentos no mercado de criptomoedas. Contudo, a investigação da PF e do MPF revelou que a empresa não realizava efetivamente investimentos em bitcoins; os lucros eram pagos com o dinheiro de novos investidores.

A ascensão de Glaidson foi marcada por uma fortuna acumulada. Em uma casa em Búzios, mais de R$ 7 milhões foram apreendidos em 2021. Na residência em Cabo Frio, avaliada em R$ 9 milhões, foram encontrados mais de R$ 13,8 milhões em dinheiro, barras de ouro, 100 libras esterlinas, dólares e euros. A empresa foi investigada por dois anos, e Glaidson chegou a negar envolvimento com criptomoedas, alegando atuar com inteligência artificial, tecnologia da informação e produção de softwares em seu depoimento à polícia.

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