A greve fiscais da Receita Federal começou com a suspensão do desembaraço de cargas em diversas unidades aduaneiras do país, gerando impactos em 17 estados. A adesão a greve cresceu, incluindo fiscais de 16 estados e do Distrito Federal, conforme informações do Sindifisco Nacional. A última adesão foi registrada na alfândega do porto do Rio de Janeiro. Além disso, soma-se a outras unidades aduaneiras, como os aeroportos de Guarulhos e Viracopos em São Paulo, e o porto de Santos.
O desembaraço, executado pelos auditores da Receita, verifica a adequação das cargas para entrada ou saída do país. O Sindifisco informa que a interrupção se estenderá até a próxima sexta-feira. Nesse sentido, isso afetará o fluxo em diversas localidades, inclusive na alfândega de Salvador, onde a paralisação se iniciará na terça-feira.
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Durante esse período, apenas cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos serão liberadas, enquanto o restante ficará retido. Mesmo pacotes menores, como produtos adquiridos por pessoas físicas em e-commerces estrangeiros, serão impactados. O Ministério de Portos e Aeroportos declara que o tema é responsabilidade da Receita Federal, que, ao ser procurada, não comentou a situação.
A greve atingiu estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Roraima, Distrito Federal, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
No Porto de Santos, estima-se que 4.200 contêineres permanecerão parados durante a semana, impactando negativamente empresas sem estoque. Elias Carneiro, presidente do Sindifisco Santos, destaca que o atraso afeta as empresas, enquanto a União não sofre prejuízos diretos, pois já recolhe o tributo no registro. Flavio Prado, vice-presidente da delegacia sindical em Santos, prevê a não liberação de 6.500 declarações de importação e 4.000 de exportação apenas no Porto.
Em 2023, o Porto de Santos movimentou aproximadamente 173,5 milhões de toneladas, com uma média mensal de 14,5 milhões. O Aeroporto de Viracopos informa que opera normalmente nesta segunda e monitorará possíveis impactos durante a semana.
Os auditores reivindicam do governo federal a garantia do pagamento do bônus acordado em 2016, durante o governo Dilma. Além do salário, os fiscais receberiam uma gratificação vinculada ao cumprimento de metas, conforme estabelecido na Lei 13.464, regulamentada por Lula em junho. O Sindifisco alega que o governo destinou apenas R$ 700 milhões na previsão orçamentária. Nesse sentido, essa quantia é insuficiente para o pagamento do bônus, resultando na greve como medida diante da não implementação da própria lei federal.
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