Educação Financeira

Reserva de emergência: 7 em cada 10 brasileiros não possuem

Manter uma reserva financeira para situações inesperadas é altamente recomendado por planejadores financeiros como Paloma Andrade (Instagram @paloma.financas). Contudo, uma pesquisa recente do DataFolha revela que nem todos os brasileiros conseguem atingir essa meta crucial, o que evidencia a necessidade de maior conscientização sobre a importância da reserva de emergência.

Segundo o levantamento, impressionantes 67% dos brasileiros não possuem qualquer reserva financeira para lidar com imprevistos. Esse dado alarmante indica uma vulnerabilidade significativa da população diante de desafios financeiros repentinos. Contrapondo essa realidade, apenas 6% afirmam ter economias suficientes para manter o mesmo padrão de vida por mais de um ano.

Além disso, ao analisar a extensão da reserva financeira, constatamos que 10% das pessoas possuem recursos para menos de 3 meses. Esse é o mesmo percentual daqueles que conseguem cobrir despesas no período de 3 a 6 meses. Esse quadro, somado à ausência de uma cultura de poupança, coloca muitos brasileiros em uma situação delicada quando se trata de enfrentar desafios financeiros inesperados.

Tem reserva? Ela seria suficiente para pagar contas e manter padrão por quanto tempo? Em %

  • Menos de 3 meses 10%
  • Entre 3 a 6 meses 10%
  • Entre 6 meses e 1 ano 6%
  • Por mais de 1 ano 6%
  • Não tem reserva 67%

Reserva de emergência

Paloma Andrade, educadora financeira, destaca a reserva de emergência como o primeiro investimento que deveria ser feito por todas as pessoas. Do mesmo, modo, ela explica que o objetivo dessa reserva é manter a renda em momentos em que as despesas superam a receita. Nesse sentido ela cita a perda de emprego, consertos inesperados, ou gastos médicos não planejados.

A falta de uma reserva financeira pode levar a situações desafiadoras, obrigando as pessoas a recorrer a amigos, familiares ou até a fazer empréstimos que comprometem parte de sua renda futura. Ainda mais, para evitar esse cenário, Paloma sugere que a reserva seja, no mínimo, 6 vezes o valor das despesas fixas para aqueles com carteira registrada. Do mesmo modo 12 vezes das despesas fixas para autônomos.

Além disso, a consultora financeira enfatiza a importância de aplicar a reserva em investimentos com baixo risco e alta liquidez. Embora a poupança seja uma opção popular, seu rendimento é limitado, e existem alternativas mais vantajosas, como CDBs com liquidez diária, LCA ou LCI com liquidez diária e Tesouro Selic.

Siga Paloma Andrade no Instagram @paloma.financas. Clique aqui para seguir e transformar sua relação com o dinheiro.

Planejamento da aposentadoria

No entanto, os desafios financeiros dos brasileiros não se limitam apenas à falta de uma reserva de emergência. A pesquisa também revela que muitos não estão se preparando financeiramente para a velhice. Apenas 52% contribuem para o INSS, e somente 13% possuem algum plano de previdência privada, um número ligeiramente superior aos 11% observados em abril de 2019.

Curiosamente, nos últimos 5 anos, houve uma redução na parcela da população que de alguma maneira se prepara para a aposentadoria, caindo de 12% para 8%. Nesse sentido, isso sugere uma falta de consciência sobre a importância do planejamento de longo prazo e uma possível negligência em relação à garantia de um futuro financeiramente estável.

Além disso, a pesquisa mostra que 36% dos brasileiros aplicam dinheiro na poupança ou em algum outro tipo de investimento neste ano, uma queda em relação aos 39% da pesquisa anterior. Esse declínio reflete a vulnerabilidade financeira da população brasileira a imprevistos e a falta de um planejamento eficaz para a aposentadoria.

Filipe Andrade, assessor de investimentos da Sits Capital, interpreta esses resultados como reflexo do imediatismo dos brasileiros. Ainda mais, ele destaca a falta de educação financeira no Brasil como um fator que não prepara adequadamente os cidadãos para lidar com o dinheiro. Essa constatação ressalta a urgência de iniciativas educacionais voltadas para o desenvolvimento de habilidades financeiras desde as fases iniciais da vida.

Em resumo, os dados do DataFolha, obtidos em uma pesquisa realizada em 5 de dezembro em 135 municípios com 2.004 entrevistados, apontam para uma vulnerabilidade significativa da população brasileira a imprevistos financeiros e uma falta de planejamento para a aposentadoria. Evidencia-se a necessidade urgente de uma mudança cultural em relação às finanças pessoais no país, além de esforços mais robustos na promoção da educação financeira em todas as faixas etárias.

Filipe Andrade

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