A Usiminas (USIM5) anunciou hoje, 12/12/2023, o “desligamento temporário” do alto-forno 1 em Ipatinga (MG). Isso ocorre devido aos custos associados à retomada do alto-forno 3 e à intensa concorrência de importações de aço no mercado interno.
Com três altos-fornos em Ipatinga, os fornos 1 e 2 têm capacidade de cerca de 600 mil toneladas por ano cada, enquanto o forno 3 atinge 3 milhões de toneladas anuais.
Na semana passada, a siderúrgica considerou a possibilidade de desativar um dos fornos menores, optando por operar apenas o alto-forno 3 para manter a produção da usina.
O desligamento do alto-forno 1 será efetuado assim que o alto-forno 3 atingir um ritmo pré-estabelecido de produção, o que se espera acontecer em breve, conforme afirmado pela Usiminas, que busca reduzir custos e aumentar a competitividade.
Em relação à Usiminas (USIM5), o Itaú BBA revisou a recomendação de venda para neutro. Nesse sentido, o banco elevou o preço-alvo de R$ 7 para R$ 9,50 por ação. Destaca-se que a empresa está sendo negociada a 3,8 vezes o valor da empresa (EV) em relação ao Ebitda para 2024, o que parece atrativo historicamente.
No entanto, o banco observa uma proposta de risco-recompensa menos atrativa, considerando um potencial de valorização limitado no fluxo de caixa descontado (DCF) de 12% e uma geração de caixa livre fraca, cerca de R$ 240 milhões em 2024, impactada por investimentos de R$ 2,1 bilhões.
A Usiminas, grande empresa brasileira de aços planos revelou expectativa de retomada da operação em Ipatinga. A princípio, a companhia prevê que até o final de Outubro as operações de alto-forno 2 voltem a funcionar. Tal medida teve sua aprovação pelo conselho de administração do negócio.
O alto forno 2 paralisou-se após acidente com o equipamento em Setembro de 2021. Ademais, o fato ocorre após prolongações. Inicialmente, visava-se a retomada em Junho. Acrescenta-se a isso a previsão de interrupção da alto-forno 3 em Abril do próximo ano.
Ainda, o valor da obra está estimado em 35 milhões de reais. Observa-se também que a siderúrgica teve diminuição de quase 80% no lucro líquido do 2T22 se comparado com o 2T21.
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