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Azul (AZUL4) se aproxima de acordo com credores

Filipe Andrade

Publicado

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Azul (AZUL4) se aproxima de acordo com credores

A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2022 que está próxima de concluir um acordo com os credores da empresa. Segundo o CEO, John Rodgerson, os trâmites devem chegar ao fim nas próximas “duas ou três semanas”.

Empresa diz que só vai revelar detalhes financeiros quando fechar acordo com 100% dos “lessores”

No entanto, o CFO, Alex Malfitani, afirmou que a empresa não se comprometerá com um cronograma, já que o importante é fazer um acordo que dê fluxo de caixa que caiba na empresa e traga recuperação para os parceiros.

Azul fecha acordo com arrendadores de aeronaves responsáveis por 90% de seus passivos

Com isso, no dia 5 de março, a Azul informou ter chegado a acordos com arrendadores de aeronaves responsáveis por 90% de seus passivos de arrendamento. Ainda mais, a empresa ofereceu ações e títulos de dívida em troca de desconto no pagamento aos credores.

Nesse sentido, os arrendadores aceitaram eliminar diferimentos relacionados à pandemia e a diferença entre as taxas acordadas em contrato e as atuais taxas de mercado. Contudo, em troca, receberão bonds com vencimento em 2030, com valor em reais, e mais uma parcela em ações.

Do mesmo modo, com o sucesso das negociações, a Azul espera terminar 2023 em break even, em vez de um rombo de R$ 3 bilhões. Os executivos ressaltaram que o plano não cobre somente o ano de 2023, mas é uma solução permanente que alinha os interesses de todos os stakeholders e cria um balanço e fluxo de caixa consistente com a rentabilidade da empresa.

Segundo John Rodgerson, o acordo obtido com os credores foi graças aos resultados que a empresa vem entregando. O Ebitda da Azul totalizou R$ 1,097 bilhão no 4T22, um crescimento de 6,9% em relação ao 4T21. A margem Ebtida do período ficou em 11,8%, acima da estimativa de 11,3% do JP Morgan. O Citi destacou a significativa geração de caixa livre e a diminuição da alavancagem. O banco tem recomendação de compra para os ADR’s, com preço-alvo de US$ 13.

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