A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai manter bandeira tarifária verde em fevereiro de 2023, para todos os consumidores conectados ao setor elétrico nacional, e com isso a conta de luz seguirá sem cobrança adicional.
Bandeira verde está em vigor desde 16 de abril e significa que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e o custo para produzir energia está baixo
Segundo a agência, “Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, que possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos cuja energia é mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”.
Ainda mais, a bandeira verde está em vigor desde 16 de abril e é a única em que não há tarifa extra (pois os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e o custo para gerar energia está baixo). Nesse sentido, as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 têm cobrança adicional e são acionadas quando é preciso ligar as usinas termelétricas, que produzem uma energia mais cara.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015, para sinalizar aos consumidores quando o custo de geração de energia está mais caro. Antes do sistema, o custo maior era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada distribuidora e tinha incidência de juros.
Do mesmo modo, no modelo atual, a bandeira é definida mês a mês. Contudo, quando a bandeira amarela ou vermelha 1 e 2 é acionada, os consumidores passam a pagar uma tarifa extra na conta de luz e os recursos são transferidos às distribuidoras mensalmente.
“As bandeiras dão transparência ao custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente”, afirmou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em nota.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por cerca de metade da capacidade de produção de energia no país, estava em 67,90% até quinta-feira (26), situação considerada confortável pelo operador.
Entretanto, para efeitos de comparação, os reservatórios da região estavam com 23,35% de volume em janeiro de 2021, ano em que se agravou a crise energética.
Ainda segundo dados do ONS, a perspectiva é que os reservatórios dos quatro subsistemas do país encerrem janeiro com níveis superiores a 60%.
No caso do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a estimativa é terminar o mês com 69% da capacidade. Segundo o ONS, se essa projeção se confirmar, será o maior percentual registrado para o mês desde 2012.
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