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Moeda comum com Argentina é defendida pelo governo

Filipe Andrade

Publicado

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Moeda comum com Argentina é defendida por Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, propuseram, em memorando conjunto assinado no dia 23 de janeiro, a simplificação e modernização de acordos de pagamento em moedas locais, ou seja uma moeda comum com Argentina.

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Com isso, o acerto ocorre durante a primeira internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que tomou posse para seu terceiro mandato no comando do país, em 1º de janeiro de 2023. Ainda mais, o mandatário é acompanhado por comitiva de ministros em Buenos Aires.

Segundo o texto, ele “propõem que a assinatura do presente instrumento dê início a ações destinadas a superar barreiras e dinamizar o comércio bilateral, a simplificar a modernizar acordos de pagamento em moedas locais e a fortalecer a integração regional”.

Nesse sentido, a assinatura do documento dá início a estudos técnicos de representantes dos governos dos dois países. Do mesmo, ele está na busca pela construção de uma unidade comum de troca para transações comerciais e financeiras. Entretanto, a nova moeda comum não substituirá as divisas locais, casos do real no Brasil e do peso na Argentina.

Moeda comum com Argentina

O documento traz o compromisso de expansão do uso de moedas locais, com a intensificação das negociações entre os bancos centrais e outros órgãos responsáveis para aperfeiçoar o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML). Também busca a ampliação de seu uso e escopo, visando um comércio com menos obstáculos.

Nesse sentido, a ideia da aproximação é inverter a tendência de perda de participação do comércio entre os dois países nos respectivos Produtos Internos Brutos (PIBs). Também a partir de avanços num programa de financiamento de exportações recíproco e reduzindo a dependência no dólar.

No caso brasileiro, o programa busca simplificar o ambiente para as empresas interessadas em exportar. Já do lado argentino, o objetivo é atenuar o efeito gerado pela falta de divisas internacionais e aumentar o ritmo de abastecimento das cadeias de valor. Com isso, reduziria o peso do comércio bilateral sobre as reservas cambiais, aliviando a pressão sobre o banco central local para fechar as contas.

Segundo Haddad, a demanda apresentada pelos presidentes Lula e Alberto Fernández foi de criação de um meio de pagamento comum entre os países.

Uma preocupação entre agentes econômicos é que o acordo amplie possível “contágio” da crise econômica argentina para a brasileira e que riscos associados à operação afetem sobretudo as empresas do setor financeiro envolvidas, no caso brasileiro, o Banco do Brasil.

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