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Devo comprar Petrobras antes das eleições?
Após os ótimos resultados apresentados pela petrolífera, as ações da Petro (PETR3/ PETR4) subiram aproximadamente 6% nesta sexta-feira (29/07), mas analistas se perguntam, devo comprar Petrobras antes das eleições?
Para responder esta pergunta é necessário compreender alguns fundamentos de fora e de dentro da empresa. Nesse sentido, trouxemos alguns dos principais pontos a serem observados para possíveis investidores.
Fortes resultados e altos pagamentos de dividendos pela Petrobras
Já divulgado no Mercado Hoje (clique aqui), a Petrobras irá distribuir R$ 87,8 bilhões em dividendos. Essa quantia representa dividendos recordes para a empresa. No entanto, para quem não tinha ações da empresa, devo comprar Petrobras antes das eleições?
Grande parte dos analistas enxergam que as ações da Petro têm fôlego para subirem até a data corte de pagamento dos dividendos (11/08), com isso alguns investidores devem seguir comprando ações da empresa para fazerem parte dessa distribuição, o que deve fazer a ação subir no curto prazo.
Estrutura e Política de Preços da Petrobras
Um dos fatores que fizeram a Petro ter resultados tão fortes nestes últimos trimestres foi a política de paridade de preços internacionais do seu combustível.
Com isso, investidores e analistas têm se perguntado como as ações da empresa devem reagir diante de uma eleição de Lula ou Bolsonaro e até nos períodos anteriores às eleições.
De forma geral, e não só para a Petro, profissionais do mercado têm alertado investidores sobre fortes volatilidades no mercado de ações nos períodos anteriores às eleiçôes. Com isso, é necessário ter cautela e evitar grandes apostas de curto prazo. Apesar dos preços das ações estarem baratos, no geral, ainda podemos sofrer momentos de irracionalidade no mercado.
No caso de Lula ser eleito, analistas alertam para fatores que impactam diretamente os resultados da empresa.
Em primeiro lugar, sobre a política de preços dos combustíveis, Lula disse:
valor economico
Adicionalmente, alguns profissionais de mercado alertam que uma intervenção do governo na Petro seria negativa mas não enxergam cenários extremos caso Lula seja eleito. Um dos cenários extremos seria de estatizar a Petrobras ou alterar de forma brusca a estrutura societária da empresa.
Como conclusão, analisando a eleição de Lula para os preços das ações da Petro, a maioria dos analistas concorda que teriam uma tendência de queda.
Por outro lado, caso Bolsonaro se reeleger, é provável que o preço das ações tenham uma alta imediata, especialmente, visando uma possível desestatização da empresa e mantendo as vendas de refinarias.
No entanto, analistas ainda fogem em dar opiniões sobre cenários extremos, como uma possível desestatização total da Petro.
Nesse sentido, com a eleição de Bolsonaro, a visão dos analistas é mais positiva para empresa e suas ações.
Finalmente, para investidores de longo prazo, buscando retornos de acordo com os fundamentos da empresa, a visão de analistas têm se misturado.
Muitos ainda dizem que a empresa têm o desafio de explorar o pré-sal de forma mais eficiente e refinar o petróleo extraído. Nesse caso, com uma queda do preço do barril de petróleo, a Petro pode passar diversos desafios.
Por outro lado, a vasta geração de caixa livre da empresa impressionou o mercado e, com isso, com uma gestão eficiente, a empresa pode se alavancar operacionalmente e investir nas lacunas que ainda são oportunidades.