Bolsa fecha a semana em queda com maior IPCA para março em 28 anos
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Bolsa fecha a semana em queda com maior IPCA para março em 28 anos

Filipe Andrade

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Como Investir na Bolsa de Valores: Um Guia Prático

A reação do IPCA de março foi pior do que o esperado: a bolsa teve queda de 0,45% hoje, consolidando uma perda de 2,67% na semana. Embora tenha crescido no começo da semana, o mercado diminuiu suas expectativas com o encarecimento do dólar e hoje, com o aumento do IPCA. O índice, que mede a elevação de preços de serviços e alimentos, chegou a 1,62% em março, maior valor para o mês em 28 anos.

A queda fez um efeito manada contrário a recente alta das empresas de varejo. Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Americanas (AMER3) foram as principais quedas do dia – 6,4%, 7,67% e 7,66%. As empresas tendem a apresentar piora dos resultados em cenários de IPCA alto. Com o aumento do custo dos produtos, há menos compras, e consequentemente, o faturamento cai.

Capitais com maior IPCA de março

Dentre as capitais com maior IPCA em março, Curitiba desponta como campeã, com aumento de 2,4% nos preços, seguida de Goiânia (GO), com 2,1% e São Luís (MA), com 2,06%. Por outro lado, Rio Branco (AC), Brasília (DH), Aracajú (SE) e Belo Horizonte (MG) tiveram aumento abaixo da média.

Altas da Bolsa hoje

Enquanto isso o setor energético teve alta considerável entre os ativos da bolsa. Eletrobrás (ELET3/ELET6) teve alta de 5,3% e 4,07%. As conversas acerca da privatização da empresa avançam, e novas informações sobre o cenário eleitoral, com aumento da popularidade de Bolsonaro, favorecem a venda da estatal. Ao mesmo tempo, o TCU avança no diálogo e começa a estipular o “preço justo da ação”, que ao que tudo indica, será mais caro do que o negociado atualmente.

Além disso os setores de frigoríficos também se destacaram positivamente. Marfrig (MRFG3) e Minerva Foods (BEEF3) tiveram altas de 3,7% e 3,52%. Ambos se beneficiam da postura da China de aumentar a importação de carne com o fim das barreiras sanitárias. Especialistas estimam alta dos lucros, aliado ao aumento do valor do dólar.

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