Nacional
Rio voltará a ter bolsa de valores – ações ESG serão foco de negociação
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) assinou ontem, 08/03, acordo com a Nasdaq e a GEAP para criação de uma bolsa de valores voltada para ativos ESG no Rio de Janeiro. O objetivo é que o estado esteja a frente de iniciativas de créditos de carbono e energia renovável. Expectativa é de que a bolsa esteja operante no segundo semestre de 2022.
A iniciativa se dará em partes: um grupo de trabalho irá estudar soluções dentro dos próximos 90 dias. Compõem o grupo membros da Nasdaq, uma das principais bolsas americanas, membros do governo e da Global Environmental Asset Plataform (GEAP). Após esse período espera-se a instalação de uma subsidiaria Nasdaq no Rio.
Como funciona a venda de ativos ESG
A comercialização de ativos ESG na bolsa do Rio se dará por meio de ações incentivadas pelo governo. O comércio de créditos de carbono acontece por meio da capacidade de armazenar carbono de uma localidade. Reservas naturais como a Floresta da Tijuca e a Serra da Tiririca são retentores naturais de carbono, por exemplo.
O governo pode assim vender algumas das 73 toneladas estimadas na sua área verde – equivalente a R$ 25 bilhões em reserva de carbono – para empresas que cumprirem certos objetivos sustentáveis. Esses ativos podem então ser comercializados para que empresas tenham acesso a outros mercados ou participem de índices ESG, por exemplo.
Rio já teve uma bolsa de valores
O estado do Rio de Janeiro já sediou uma das principais bolsas de ações do país, a Bolsa do Rio, entre 1820 e 2002, quando foi incorporada pela BM&F. Sua deterioração ocorreu a medida em que a bolsa de São Paulo cresceu em relevância e ativos. Movimento volta a trazer maior importância econômica para a capital no cenário de ativos imobiliários e aumenta o interesse