Decisão foi tomada na quarta-feira, 8. Com ela, DASA (DASA3) aprova captação de R$ 2 Bilhões em Notas Comerciais Escriturais. A emissão é a primeira do tipo para a empresa e busca capital de giro para a operação. A companhia emitirá 2 milhões de notas comerciais no valor de R$ 1.000,00 cada uma.
A decisão foi de ofertar as Notas Comerciais em forma escritural (“digital”) apenas a Investidores Qualificados. Captação aprovada pela DASA promete uma remuneração ao final de 252 dias úteis de 100% CDI + taxa fixa de 1,5% ao ano. Valor tem atratividade em cenário de alta da taxa SELIC visando controlar inflação.
A Lei nº 14.195, de agosto de 2021, foi responsável pela regularização das Notas Comerciais. Anteriormente elas eram equiparadas notas promissórias, sem legislação própria. Por isso eram vistas como inseguras pelo mercado. Com a regularização – parte da Iniciativa de Mercado de Capitais (IMK) – as Notas tornam-se mais atrativas e seguras.
Em abril de 2021 a companhia havia feito follow on de suas ações. O resultado foi considerado por muitos um fracasso. A família Bueno, controladora da empresa, precisou injetar 500 milhões no “re-IPO” da DASA buscando evitar a diluição do preço.
As previsões para o follow on estimavam o preço da ação entre R$ 64,90 e R$ 84,50, muito superior aos R$ 58 da precificação final. O valor já era um desconto alto frente ao preço da ação, negociada na época a R$ 144. Desde então a empresa apresenta quedas constantes, sendo negociada hoje a R$ 26,85, próximo dos R$ 23,50 de cinco anos atrás.
Como empresa de diagnósticos médicos, a DASA teve seu preço “inflacionado” pelo cenário da pandemia de Covid-19, sofrendo um reajuste em seu valor. Assim como ela, Hapvida (HAPV3) e Notre Damme (GNDI3) também apresentam quedas sucessivas depois de períodos de alta.
Notas Comerciais e Debêntures atendem a mesma finalidade: são formas de empresas privadas conseguirem financiamentos para suas expansões enquanto fogem das taxas de bancos. No entanto, cada uma tem a sua particularidade.
Por um lado as Debêntures são ofertadas a uma variedade maior de investidores e são normalmente usadas em períodos de expansão. Já as Notas Comerciais seguem o caminho contrário. Elas buscam fornecer a empresa capital de giro para se reestruturar, tendo, consequentemente, prazos menores de duração e remuneração.
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