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Brasil tem IPCA de 0,54% em janeiro

Filipe Andrade

Publicado

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IPCA de 0,54% representado graficamente

O IBGE divulgou hoje, 9 de fevereiro, valor de 0,54% para o IPCA em janeiro de 2022. O valor é o maior para janeiro desde 2016, mas indica uma desaceleração quando comparado com dezembro de 2021. O acumulado dos últimos doze meses é de 10,38%.

O Governo Federal tem tomado algumas medidas para controlar a inflação. A PEC dos combustíveis é uma das medidas que procura baratear o custo do frete e do movimento dos caminhoneiros. Outra estratégia é o aumento da taxa SELIC, entendida como “remédio natural da inflação” pelo Banco Central.

O que é o IPCA de 0,54%

O IPCA é o índice que avalia o aumento dos preços dos produtos e do custo de vida. São mais de 350 produtos analisados em zonas urbanas com mais de 300 mil habitantes contatados para medição. O índice é avaliado por meio de pesquisa pelo IBGE desde 1994.

Um IPCA de 0,54% significa que os preços no país aumentaram 0,54% ao longo do mês de janeiro, comparado a dezembro. Um quilo de arroz que estivesse, por exemplo, a R$ 5,00 reais em dezembro, custaria R$ 5,05 em janeiro.

IPCA 0,54% e INPC 0,67%

Além do IPCA, o INPC também apresentou aumento de 0,67%. O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, enquanto o INPC é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor. A diferença entre eles é a avaliação: por um lado, o IPCA calcula o custo de vida de famílias de 1 a 40 salários mínimos. Por outro, o INPC olha para famílias com 1 a 5 salários mínimos.

O índice indica a variação de preços de produtos essenciais, com o que famílias com menor poder aquisitivo costumam gastar mais dinheiro, como alimentação, transporte e saúde. O valor maior do que o IPCA indica que famílias mais pobres perdem mais poder aquisitivo.

Empregos pagam menos

A pesquisa Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílio (PNAD) indicou que o terceiro trimestre de 2021 teve uma taxa de desocupação de 12,6%. O valor é praticamente o mesmo do primeiro trimestre de 2020, começo da pandemia.

No entanto, estudos trazidos com exclusividade pelo Estadão do economista Bruno Imaizumi indicam que a qualidade dos empregos diminuiu. Os salários têm uma média inferior e há maior precarização das condições. Aliado a um IPCA e INPC, apresentam queda na qualidade de vida do brasileiro.

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