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Dados de importação da China e juros americanos impulsionam a bolsa

Filipe Andrade

Publicado

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Sem vetores claros para as oscilações da bolsa de valores, fatores externos da China e dos Estados Unidos fizeram preços nos ativos brasileiros, nesta terça-feira, dia 13/04.

Além disso, o forte crescimento de vendas no varejo em fevereiro contribuiu para alta do setor.

O principal índice de ações brasileiro fechou o pregão de ontem em alta de 0,41%, alcançando a marca de 119.297 pontos.

Após ter trabalhado no setor negativo durante todo o período da manhã, o Ibov se recuperou e bateu sua máxima desde fevereiro deste ano.

Nos EUA, o S&P 500 abriu o dia em queda, mas logo voltou ao terreno positivo. O índice que mede a performance das 500 empresas mais negociadas no país encerrou o dia em +0,29%.

A bolsa da tecnologia americana, NASDAQ, obteve comportamento diferente, seguindo uma toada de crescimento por, praticamente, todo o dia, encerrando em alta de 1,05%.

Adicionalmente, o dólar fechou estável contra o real, obtendo leve desvalorização de 0,1%, a R$5,72.

Em um dia repleto de notícias internas relacionadas à política, economia e saúde, 2 fatores internacionais foram destaques para a alta do mercado:

1 A China apresentou dados fortes de importações e exportações no mês de março.

Com a alta de 38% nos dados de importações apresentados pela segunda maior economia do mundo, o Ibovespa acabou sendo beneficiado por ter alta representatividade em commodities; ativos que se valorizam com o aquecimento econômico do principal parceiro comercial brasileiro.

2 As taxas de juros futuras de 10 anos nos Estados Unidos sofrem forte queda após o leilão de títulos públicos realizados por lá.

Ponto determinante para esta queda foi a grande demanda pelos títulos públicos de 30 anos nos EUA, que auxiliou o governo a oferecer taxas menos atrativas aos investidores. Como consequência disso, os juros futuros americanos de 10 anos sofreram queda de 3% no dia de ontem

Como os juros futuros e as bolsas de valores têm correlações inversas, esse fator teve forte impacto positivo na Nasdaq e contribuiu para a alta do Ibovespa.

Ainda nos EUA, as vacinas fabricadas pela Johnson & Johnson tiveram uma suspensão devido aos coágulos sanguíneos causados em raros pacientes.

Apesar da baixa porcentagem de casos apresentados pela vacina, a FDA (agência reguladora do departamento de saúde americano) informou que os coágulos gerados foram mais perigosos do que o normal e necessitam de tratamentos mais complexos.

Vale ressaltar que casos de coágulos similares também foram apresentados pela vacina da AstraZeneca, que sofreu suspensão temporária em alguns países da Europa.

Voltando ao Brasil, foram registrados 3.808 óbitos pelo COVID nas últimas 24 horas, somando 358.425 mortes desde o início da pandemia.

Ainda sobre o COVID, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, leu o requerimento para abertura da CPI da COVID, ontem a noite. Com a leitura do requerimento, a CPI está formalmente instalada.

No cenário político, o imbróglio sobre o Orçamento de 2021 segue preocupando investidores. De acordo com analistas da XP, as propostas ventiladas até agora pelo Governo devem manter as taxas de juros futuras estressadas.

Nesse sentido, o mercado reflete os riscos de austeridade fiscal do país nas taxas de juros futuras.

Os juros futuros de 2029, por exemplo, sofreram alta de nove pontos base, chegando a 9,02%.

Hoje, os mercados futuros americanos seguem o otimismo de ontem, com leve alta nos principais indicadores de ações do país.

Na Europa, grande parte dos mercados trabalham em leve alta, com o Euro Stoxx a +0,19%.

Notícias para ficar de olho hoje:

1- Abertura da Coinbase – Plataforma digital de negociação de criptomoedas;

2- Divulgação do Livro Bege – documento que aponta informações sobre a situação da economia americana

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